O senador Cleitinho (Republicanos-MG) destacou em pronunciamento a morte de Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, que estava preso no Complexo Penitenciário da Papuda por conta da invasão e vandalismo das sedes dos três Poderes em 8 de janeiro. O parlamentar criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por ter pedido informações para averiguar possível falha dos agentes penitenciários. Para o senador, a falha foi do próprio ministro.
“Cleriston Pereira da Cunha, empresário, casado, pai de duas filhas. Doente, com diabetes, hipertensão e tomava remédios controlados. Vamos lá! Foi preso dia 8 de janeiro, quando se abrigou em um prédio da Praça dos Três Poderes para fugir das bombas de gás e tiros de bala de borracha. Era réu primário, não possuía antecedentes, e estava colaborando. Há 80 dias recebeu ordem de soltura e deveria estar em casa com a sua esposa e suas filhas. Aí vem o ministro Alexandre de Moraes e fala que vai ver a situação com os agentes penitenciários, se teve algum equívoco? O equívoco, a falha foi sua, Alexandre de Moraes” disse o senador.
Cleitinho pediu que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, marque uma audiência com Moraes para solicitar que o ministro retire as tornozeleiras eletrônicas dos presos que estão sendo monitorados.
“Quem tem que usar tornozeleira é o Sergio Cabral [ex-governador do Rio de Janeiro]. Quem tem que usar tornozeleira é quem roubou, colocou dinheiro dentro da cueca. Esse que tem que ser desmoralizado para a opinião pública. São esses que têm que ser desmoralizados pela população brasileira. Não é o cidadão brasileiro que veio aqui reivindicar seus direitos, veio cobrar, dentro da Constituição” concluiu.
O parlamentar também sugeriu que o Senado analise o projeto de lei que concede anistia aos acusados e condenados em razão das manifestações (PL 5.064/2023). O texto é de autoria do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS).