Negligência Materna ou Paterna e Evasão Escolar são as principais violações que preocupam Conselheiros Tutelares em Campina Grande

Negligência Materna ou Paterna e Evasão Escolar são as principais violações que preocupam Conselheiros Tutelares em Campina Grande

Em 2024, o Conselho Tutelar, ligado à Prefeitura de Campina Grande, por meio da Secretaria de Assistência Social (Semas), já está atuando com os 20 novos Conselheiros, que foram eleitos em outubro do ano passado e empossados no último dia 10 de janeiro, juntamente com os profissionais veteranos, durante cerimônia realizada no Seminário Diocesano do Alto Branco. O objetivo desses profissionais, que atuam no plantão de 24 horas e atendem na Sede dos Conselhos, situado na Rua Giló Guedes, 39 – Santo Antonio, das 7h às18h, é proteger e garantir os direitos da criança e do adolescente.

Em 2023 foram cerca de 2.072 mil atendimentos, realizados nas quatro regiões: Norte, Sul, Leste e Oeste, tendo como incidência maior, os casos de Negligência Materna ou Paterna, Evasão Escolar ou Infrequência Escolar e Situação de Risco ou Vulnerabilidade Social, envolvendo esse público.

Lívia Albéria, que já atuou por cinco anos como coordenadora de uma das unidades do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), da Semas, é uma das novas Conselheiras do CT. Ela fala sobre as perspectivas de continuar lutando e defendendo os direitos da criança e do adolescente. “É mesmo mais um desafio, mas o trabalho realizado junto aos Creas, nos dá subsídios suficientes para ampliarmos esse trabalho, em prol de proteger e zelar pelos direitos desse público, através do Conselho Tutelar Norte”, destacou.

“Trabalhamos em conjunto com todos os equipamentos da rede municipal e estadual e tentamos exercer esses direitos através da rede de proteção. Precisamos estar em sintonia com setores da Saúde, Educação, Cultura e outros segmentos, para que possamos fortalecer os direitos desse público. Inclusive a Negligência Familiar tem sido um dos principais problemas que verificamos também no Conselho Oeste, e orientamos as famílias e a própria comunidade, de forma geral, que denunciem casos desse tipo, através do Disque Denúncia (100 e 123), na sede dos Conselhos ou ainda através do telefone 3310.6278”, ressaltou a Conselheira Tutelar.

Segundo Pedro Alisson, coordenador do Conselho Tutelar Oeste, que atua há 8 anos, e está no terceiro mandato, alguns pontos estão sendo melhorados, para evitar por exemplo situações de Evasão ou Infrequência Escolar, que tem sido um dos principais problemas que chegam à sede do Conselho.

“No início do ano a nossa preocupação, é também manter a parceria com as escolas, especialmente da Região Oeste, para que possamos evitar a Evasão Escolar. Por isso solicitamos e reforçamos, para que essas informações sobre a frequência dos alunos em sala de aula, sejam repassadas de 3 em 3 meses, pelos gestores. Esse intervalo é importante, no sentido de identificarmos os reais motivos e orientarmos a família, garantindo assim os direitos dessas crianças e adolescentes”, disse o coordenador.

Para Jennifer Ribeiro, coordenadora da Casa dos Conselhos, a expectativa das atividades este ano é a melhor possível. “Os novos conselheiros chegam para somar a um trabalho que vem sendo desempenhado por cada região, em busca de proporcionar dignidade para essa população mais vulnerável, que tem os seus direitos violados quase que diariamente. Temos uma maior incidência da violação desses direitos, quando começam as aulas, onde tem um aumento considerável no fluxo de atendimentos e estamos prontos para seguir com essas demandas”, concluiu a coordenadora.

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