O 3º Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes Aegypti de 2021 (LIRAa), divulgado pela Secretaria de Saúde de Campina Grande, apresentou crescimento na infestação do mosquito na cidade. O índice geral subiu de 3,0 (médio risco) para 4,9 (alto risco). Os bairros do Distrito Industrial, Presidente Médici e Santa Cruz foram os que chamaram mais atenção nos números, porque apresentaram um índice de 9%, o que significa dizer que 9% das residências vistoriadas tinham focos do mosquito. Em abril, o percentual nesses bairros era de apenas 4,4%.
Quase todos os bairros tiveram elevação nos índices e 47 deles estão com o percentual acima de 4, ou seja, considerado de alto risco para a proliferação das doenças provocadas pelo Aedes aegypti. Foram inspecionados 7.799 imóveis, onde o principal problema ainda é o depósito de chão, que são os tonéis, baldes e vasos, entre outros. Eles somam 89,7% dos lugares em que foram encontradas larvas do mosquito.
“Vamos duplicar a ação do carro fumacê no Distrito Industrial, Presidente Médici e Santa Cruz, que foram os bairros com índices mais elevados. As visitas da nossa equipe serão intensificadas nas casas onde foram encontrados focos e também faremos ações, dentro das unidades de saúde de cada bairro, para conscientizar os moradores da localidade”, disse a gerente de Vigilância Ambiental, Rossandra Oliveira.
Os bairros do Catolé, Itararé e o Complexo Habitacional Aluízio Campos apresentaram os menores índices (1,1). De acordo com o Ministério da Saúde, o risco é considerado baixo quando o percentual é menor ou igual a 0,9%, médio quando está entre 1% e 3,9% e alto risco quando for maior ou igual a 4%. Com isso, a cidade entra em alerta para que os cuidados sejam redobrados em todos os bairros.
“Se você não redobrar seus cuidados dentro de casa as ações não surtirão efeito. Seja sempre um eterno vigilante, porque as arboviroses estão aí e também ceifam vidas. A Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande não tem medido esforços para que seja feito um trabalho de qualidade dentro das residências, porém dentro da sua casa a responsabilidade é sua. Faça também a sua parte”, alertou Rossandra.
Aedes albopictus – outro motivo preocupante é que foi encontrado no bairro do Monte Santo o Aedes albopictus, que é uma espécie do mosquito ainda mais agressivo, predominante na transmissão da Chikungunya. “Covid mata, mas as arboviroses também matam. Então são duas doenças causadas por vírus que nos trazem grande preocupação no momento, pois nós não queremos uma epidemia cruzada, em que as pessoas estarão adoecendo ao mesmo tempo de Dengue, Chikungunya e covid-19. Logo proteja-se e proteja sua família”, ressaltou Rossandra.