Com o objetivo de acompanhar de perto a rotina dos primeiros meses de convivência de crianças adotadas, através da Casa da Esperança 3, junto às suas novas famílias, a Prefeitura de Campina Grande, por meio do Programa Criança Feliz, da Secretaria de Assistência Social (Semas), que atende crianças na primeira infância (0 a 6 anos), deu início a esse acompanhamento importante, já que mesmo com todo contato que os futuros pais mantém com essas crianças, antes de ser oficializada a adoção, é um mundo novo que se abre para elas, em um novo lar.
Para entender um pouco mais desse trabalho, acompanhamos de perto a adoção recente de dois irmãos, de 3 e 4 anos, adotados pelo casal Wendell Araújo Sousa, 37 anos, advogado e Clarisse Vieira, 37 anos, farmacêutica. O casal optou pela adoção, quando soube da impossibilidade de ter filhos. A inscrição foi feita em janeiro deste ano e, já em maio, o casal foi chamado pela Vara da Infância e Juventude para ser apresentado às crianças disponíveis à adoção.
“O primeiro contato que tivemos com as crianças, foi por meio de fotos, mas de imediato, tivemos a certeza de que os dois irmãozinhos já haviam sido preparados por Deus, do jeitinho que imaginamos. A partir daí, iniciamos o processo de visitas, passando a ficar mais tempo com eles, realizando atividades juntos, em casa e nos parques, e a cada encontro, ficávamos mais ligados com as crianças”, disse a mamãe Clarisse Vieira.
Ao mesmo tempo, o casal foi organizando o quarto, com brinquedos, roupas e tudo que oferecesse conforto para as crianças, quando finalmente, pode levá-las para casa. Os pais tentam passar a maior parte do tempo possível com os filhos, com atenção e muitas brincadeiras. “Estamos muito felizes, porque as crianças estão se adaptando bem, já sabem onde encontrar as coisas, obedecem e recolhem os brinquedos espalhados que deixam pela casa. Minha qualidade de vida mudou, sou mais feliz, existe um propósito e sentido de vida, meu objetivo é cuidar dos meus filhos“, contou orgulhoso o pai Wendell Araújo.
Acompanhamento Criança Feliz
Em meio ao novo convívio entre pais e filhos, o Criança Feliz em parceria com a Vara da Infância e Juventude, considera importante a continuidade das ações do programa, a partir da reinserção familiar, para que os vínculos familiares passem a ser fortalecidos, o que ajuda no desenvolvimento das crianças nessa nova fase da vida, a partir de instruções, orientações de atividades pedagógicas por membros de uma equipe multidisciplinar, e que fazem toda a diferença no dia a dia da família.
“É um desenlace, onde se torna imprescindível intensificar esse contato das crianças com a sua nova família. O trabalho da nossa equipe é mesmo fortalecer esse vínculo nesse primeiro momento, e quando percebemos que eles estão mais fortalecidos no ambiente familiar, e que as crianças estão mais à vontade, fazemos a chamada ‘desintegração’, no sentido de finalizar esse processo do Criança Feliz. O principal é termos a certeza de essas crianças estão bem acolhidas, e isso é gratificante pra todos nós”, finalizou a coordenadora do Criança Feliz, Meruska Aguiar.