A Prefeitura de Campina Grande tem potencializado as atividades com Grupos de Convivência, formados por pessoas da comunidade, cujas ações são realizadas através dos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS). Ao todo são vinte grupos, formados por crianças, adolescentes, mulheres e idosos, que funcionam nas unidades espalhadas pelo município, administradas pela Secretaria de Assistência Social (Semas), que inclui também os distritos de Galante e São José da Mata.
Uma das unidades que tem forte atuação nesse segmento, é o CRAS Borborema, que hoje possui dois grupos de convivência de mulheres, à exemplo do grupo ‘Viver Melhor’, que funciona há 6 anos. No início, o grupo atuava apenas com idosas e com o tempo, foi integrando pessoas com menos idade. Através do grupo, são desenvolvidas atividades semanais de oficinas temáticas e criativas, como palestras, danças, passeios e artesanatos, com pessoas de maior vulnerabilidade social.
A doméstica Rosicleide Bezerra Paulino, 44 anos, é uma das primeiras mulheres a integrar o grupo Viver Melhor. Ela conta como o acompanhamento mudou a forma de lidar com o dia a dia: “Nós aprendemos muita coisa e tiramos dúvidas sobre diversos assuntos, pois sabemos que o pessoal da organização está ali para nos ajudar em tudo que precisamos. Além disso, é muito descontraído, fazemos novas amizades e somos um grupo muito unido”, disse a doméstica.
Conforme a coordenadora do Cras Borborema, Adenize Oliveira, o objetivo principal do grupo é o protagonismo das mulheres, autoestima, prevenção e cidadania. “Nosso foco também é o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Desde o início, além das oficinas temáticas, realizamos oficinas criativas no intuito de fortalecer essa linha de trabalho com elas, pois além da importância dessas atividades, é uma demanda que todas gostam muito”, ressaltou.
Ainda segundo a coordenadora, um outro grupo de mulheres que funciona na unidade, é o ‘Rosa Cruz’, que foi iniciado no final de agosto deste ano, com encontros semanais. “A criação do grupo partiu da ideia de integrar somente as mulheres idosas. Estamos inclusive realizando várias oficinas e já temos uma boa perspectiva para 2023. Hoje temos cerca de 15 mulheres e a sala já está ficando pequena para o grupo,” finalizou Adenize Oliveira.
O CRAS Liberdade também se destaca na organização de diferentes grupos, alcançando idosos e mulheres. Os idosos formam o grupo ‘Desabrochar’, que é acompanhado pela unidade e já existe há sete anos. Eles se reúnem semanalmente, com rodas de conversas, oficinas, palestras preventivas e momentos de lazer. Além disso, participam de serviços de escuta, apoio psicológico, visitas domiciliares e encaminhamentos para serviços intersetoriais.
Outro grupo que funciona há sete anos, na unidade, é o ‘Mulheres Vitoriosas’, voltado ao público de trabalhadoras da Lavanderia do Catolé. As reuniões são realizadas a cada 15 dias, sempre às terças-feiras, na própria Lavanderia. As mulheres são cadastradas junto ao Cras e acompanhadas pela equipe técnica, com o apoio de benefícios eventuais, como cesta básica. Elas também recebem acompanhamento familiar.
Poliana de Araújo, coordenadora do Cras Liberdade, explicou a importância do trabalho com esses grupos. “Essa é uma forma de fortalecer os vínculos familiares e comunitários, realizar ações de prevenção às violações de direitos, reaproximar os usuários dos serviços e fomentar o vínculo junto às equipes do Cras. Além disso, há um melhor acompanhamento das famílias, desenvolvendo suas potencialidades, além de identificarmos problemas que conseguimos intervir e garantir a efetivação de direitos”, concluiu a coordenadora.