Pesquisa DataSenado: TV é tendenciosa e distorce informações para atender interesses de grupos econômicos e políticos.

Pesquisa DataSenado: TV é tendenciosa e distorce informações para atender interesses de grupos econômicos e políticos.

O Estudo Panorama Político 2022: opiniões sobre a sociedade e democracia, elaborado pelo Instituto DataSenado, com colaboração da Universidade de Brasília (UnB), aponta que os meios de comunicação mais utilizados pela população para se informar sobre política, são: TV 37%, seguido de redes sociais 24%, páginas na internet 23%, o que revela que a maioria dos brasileiros usa recursos online para acompanhar o noticiário político.

Dentre os que utilizam redes sociais, Facebook (35%) e Instagram (27%) lideram o ranking. Neste sentido, o consenso na maior parte dos grupos é de que as redes sociais e portais jornalísticos são as principais fontes de notícias, principalmente entre os mais jovens. Muitos dos entrevistados entendem que essas plataformas cumprem o papel de agregador de notícias, permitindo ao usuário selecionar o que preferem ver. Avaliam também que a notícia na internet é mais ágil, mais atualizada e enxergam a internet como o meio mais isento, onde é possível ler posicionamentos diferentes sobre o mesmo fato.

Por outro lado o uso da TV como meio de informação divide opiniões no estudo qualitativo. A maior parte dos entrevistados avalia que a TV é tendenciosa e distorce as informações para atender interesses de determinados grupos econômicos e políticos. Ao contrário da internet, que permite ao cidadão buscar informações livremente, a TV é vista como manipuladora. Como consequência, gera uma falta de credibilidade em uma parcela dos entrevistados.

Entrevistados

Entre os entrevistados, 58% são das Regiões Sudeste e Sul, 26% do Nordeste, 8% do Norte e 8% do Centro-Oeste, sendo que 37% vivem em municípios com mais de 50 mil e até 500 mil habitantes.

O maior grupo (47%) tem até o ensino fundamental completo. O público é formado por 45% de pardos, 44% de brancos e 10% de negros. Os ocupados são 60%, enquanto 30% se disseram fora da força de trabalho; e 45% têm renda familiar de até dois salários mínimos.

A maioria (55%) diz não ter posicionamento político. Do restante, 21% dizem ser de direita, 11% de esquerda, 9% de centro e 4% não sabem ou não quiseram responder.

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