Pandemia: 42% dos brasileiros relataram alto consumo de álcool

Pandemia: 42% dos brasileiros relataram alto consumo de álcool

Pesquisa realizada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em 33 países e dois territórios das Américas apontou que, no Brasil, 42% dos entrevistados relataram alto consumo de álcool durante a pandemia de covid-19. O número despertou a atenção da Organização Mundial de Saúde (OMS) que, nos últimos meses em decorrência do isolamento social devido à pandemia do coronavírus, recomendou que os países limitassem a venda de bebidas alcoólicas.

No sábado (20), Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, o psicólogo do Sistema Hapvida em João Pessoa, Andersson Felipe, afirmou que a pandemia promoveu esse aumento significativo por conta do isolamento, da falta do contato com outras pessoas e até da incerteza em relação a futuro. Ele destacou que é necessário ter consciência de que o consumo está abusivo e buscar alternativas para beber menos.

A OMS aponta que o álcool, além de fazer mal à saúde, deixa as pessoas mais vulneráveis à violência e a outras situações de risco. O órgão afirma que o consumo de álcool está associado a uma série de doenças e a distúrbios da saúde mental. O abuso do álcool pode causar maior irritação, desencadear sintomas depressivos e aumentar a ansiedade, além de baixar a imunidade.

Apesar de a data de hoje ter um significado relevante no combate às drogas e ao alcoolismo, o especialista ressalta que é preciso chamar atenção para o problema que tem se tornado cada vez mais recorrente. “É importante focar nos meios de comunicação e mídias sociais para alertar sobre o tema. Palestras e informativos que possam circular reforçando a importância do combate de todo e qualquer tipo de drogas”, pontua.

No caso de quem já luta para vencer o vício da bebida ou das drogas, Andersson Felipe destaca que é de extrema importância o apoio de pessoas ligadas ao dependente. “Não somente a família, mas é fundamental amigos também estarem acompanhando todo o processo do tratamento e recuperação do dependente. É crucial todo o apoio recebido para que o dependente possa se sentir fortalecido e assim dar continuidade ao tratamento, buscando êxitos”, incentiva.

Identificando e acolhendo – O psicólogo explica que geralmente as pessoas dependentes externam com facilidades seus vícios. “A abstinência se torna nítida necessitando assim alimentar o mesmo. Consequentemente outros problemas na vida começam a aflorar em decorrência do vício, tornando a vida do dependente angustiante e aflita”, explana.

Para auxiliar as pessoas que passam por esses problemas, o especialista lembra que os grupos de apoios, alcoólicos anônimos e narcóticos anônimos, assim como tratamento medicamentoso receitado por um psiquiatra e terapias intensivas com um psicólogo ajudam nesse processo a qualquer dependente. “É importante salientar que o dependente precisa querer se tratar, ter o desejo de mudar e assim dar início, diante a escolha feita”, reforça.

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