Na madrugada da quarta-feira (22/5) na área central da capital da República, em uma das boates de prostituição, a cerca de 800 metros da Esplanada dos Ministérios, uma alvoroçada tropa de pelo menos 50 garotas de programa dava tudo para conquistar a atenção de prefeitos e suas comitivas devassas.
Os chefes de dezenas de municípios de todo país haviam desembarcado no DF para os três dias de eventos organizados pela 25ª Marcha dos Prefeitos. Como é de praxe, após as agendas oficiais, as noitadas são regadas a álcool e sexo — sempre negociado em altas cifras com as prostitutas. Aos berros de “Vai, prefeito!”, era fácil identificar quando assessores gritavam e encorajavam o chefe da comitiva a abraçar e beijar as garotas durante os shows de striptease.
Chapa preta
Estacionados próximos à boate, carros que ostentavam placas nas cores pretas do Poder Executivo municipal denunciavam a presença dos prefeitos. Dentro da casa, apinhada de seguranças do estabelecimento, os políticos e assessores ocupavam mesas redondas cercadas por cadeiras de veludo vermelhas. O poderio financeiro era ostentado por “combos” devidamente expostos sobre a mesa. Era o chamariz para atrair as garotas “mais caras” da casa.
Na boate, longe dos olhares das esposas e eleitores, os prefeitos devassos chegam a pagar até R$ 2.000,00 por uma hora de sexo, R$ 40,00 por uma cerveja longnek e R$ 1,200,00 por um litro de uísque.
A denuncia foi feita pelo site Metropoles.