Dados publicados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apontam a inflação no Brasil está maior para a população mais pobre. O resultado é reflexo da alta nos preços dos alimentos e da energia elétrica.
O Ipea considerada como renda domiciliar muito baixa famílias com renda mensal menor que R$ 2.105,99. Para este grupo, a inflação acumulada nos últimos 12 meses passou de 4,34%, até setembro, para 4,99% até outubro.
O impacto maior foi notado nos itens que consomem a maior fatia de gastos entre as famílias de renda baixa no país. De acordo com os pesquisadores responsáveis pelo levantamento, atualmente, 25% do orçamento familiar dos mais pobres é destinado a compra de alimentos.
Outro item que também abrange boa parte da renda mensal familiar dos brasileiros é a energia elétrica, que nos últimos meses passou por aumento, com ativação da bandeira tarifária vermelha.
Considerando a escala geral, o Ipea categorizou as inflação conforme renda da seguinte forma: muito baixa, abaixo de R$ 2.105,99; baixa, entre R$ 2.105,99 e R$ 3.158,99; média-baixa: entre R$ 3.158,99 e R$ 5.264,98; média, entre R$ 5.264,98 e R$ 10.529,96; média-alta, entre R$ 10.529,96 e R$ 21.059,92; e alta, acima de R$ 21.059,92
A segunda maior inflação nos 12 meses até outubro foi de famílias de classe baixa (4,96%). Para as famílias de renda média-baixa chegou a (4,72%), média (4,68%) e média-alta (4,63%).