Sancionada, pelo Governo da Paraíba, a Lei nº 12.965, que estabelece um programa de incentivo à utilização de musicoterapia como tratamento complementar para pessoas com deficiência, síndromes ou transtorno do espectro autista (TEA) tem gerado expectativa para os profissionais que trabalham com esses públicos. A Lei, publicada no Diário Oficial do Estado da última quinta-feira (14), representa um importante reconhecimento da eficácia e dos benefícios desse tipo de terapia no tratamento dessas condições, algo que já tem evidência científica comprovada.
“De acordo com alguns teóricos e especialistas, as crianças com TEA são capazes de exibir uma percepção auditiva mais apurada, em especial para estímulos sonoros simples de altura do som, como ter um ouvido absoluto”, declarou Juliana Sarmento, que trabalha como professora de musicalização da rede de clínicas “Fono com Amor”, em João Pessoa. “É notório que as crianças têm uma motivação maior no engajamento interpessoal ao realizar uma tarefa musical”, reiterou.
“A musicoterapia já foi reconhecida e evidenciada cientificamente. Promove uma melhora significativa nas crianças com TEA e é muito importante como uma terapia complementar. Ajuda a criança com autismo a ser regulado sensorialmente e emocionalmente, trás uma ajuda no senso de equipe dos pacientes”, ressaltou Tatianna Wanderley, fonoaudióloga e diretora-clínica da mesma rede. “A sanção da Lei é um passo essencial para proporcionar um tratamento mais abrangente e inclusivo para esses públicos”, destacou.
A musicoterapia é feita com a execução de uma música ou trecho musical, por meio do qual o paciente vai acompanhando e participando ativamente. Os benefícios são comprovados por estudos e vistos no processo de terapia, os quais são observados um bom desenvolvimento dos pacientes nas sessões, melhor desempenho em suas sensações corporais e na capacidade que vão desenvolvendo em expressar suas emoções com mais facilidade.