Na segunda quinta-feira de março, é celebrado o Dia Mundial do Rim. De acordo com o United States Renal Data System (USRDS), no mundo, estima-se que 15% da população tenha algum grau de doença renal, desde o estágio inicial até o nível cinco, o mais grave, quando é recomendado o transplante. Na Paraíba, trata-se do órgão mais transplantado: nos primeiros nove meses de 2023, foram 23 cirurgias realizadas, conforme dados do Governo do Estado.
Nesse sentido, para garantir o bom funcionamento do organismo, são necessários alguns cuidados. De acordo com o nefrologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Wilson Mendes, as complicações costumam ser silenciosas, mas podem ser perigosas e levar à morte. Exames simples, como de sangue e de urina, já podem identificar uma doença renal.
O rim é responsável por filtrar o sangue, eliminar resíduos tóxicos, além de fazer o controle da pressão e do metabolismo. Mesmo não tão comuns, os sinais que o corpo emite quando o órgão não vai bem só costumam aparecer em um quadro mais avançado. “Fraqueza, palidez, falta de ar ( às vezes noturna) e inchaço nos pés são sinais de alerta e podem indicar um agravamento da doença renal”, explica.
O especialista acrescenta que hipertensão, diabetes e insuficiência cardíaca estão entre as principais causas de doenças renais crônicas no mundo. Por isso, fazer o acompanhamento médico dessas comorbidades é primordial para evitar o comprometimento da função do órgão.
“A prevenção, um dos pilares estratégicos do nosso modelo de negócio, é sempre o melhor remédio, por isso a importância da prática de atividades físicas, do controle de peso, de uma dieta saudável, além do monitoramento da pressão arterial e do diabetes”, informa.
Entre os cuidados para evitar problemas nos rins e manter a saúde renal, estão a hidratação adequada; uma alimentação saudável, rica em frutas, vegetais e grãos integrais; o controle do açúcar e a redução de uso de medicamentos, utilizando apenas os prescritos por um profissional de saúde.
Doação de órgãos – Há cerca de 160 pessoas na fila de espera aguardando um rim na Paraíba. A doação é um ato voluntário e só ocorre com a permissão dos familiares. Um só doador pode beneficiar vários pacientes que estão na fila. Todos os transplantes de órgãos do país são feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).