A Prefeitura de Campina Grande, por meio da Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP), reuniu na tarde desta quarta-feira, 28, representantes da Polícia Rodoviária Federal e de órgãos municipais e estaduais ligados ao trânsito e à segurança pública. O objetivo do encontro foi propor a retomada da Operação Lei Seca no Município.
A reunião aconteceu de forma híbrida, sendo que os participantes presenciais estavam na sede da STTP.
A iniciativa de retomar com mais força as ações conjuntas da Operação Lei Seca surgiu devido aos dados obtidos pelo Núcleo de Estudos de Acidentes de Trânsito (NEAT), órgão intersetorial da autarquia campinense, que revelaram um aumento no número de acidentes, principalmente envolvendo motocicletas, nos finais de semana.
Dados de acidentes
Desde o dia 21 de junho, quando os Agentes de Trânsito da STTP começaram a garantir apoio ao SAMU, no atendimento às vítimas de acidentes de trânsito, foram realizados 95 atendimentos conjuntos. Destes, 76 acidentes envolveram motos.
Neste período foram registrados 32 acidentes com vítimas nos finais de semana, entre a sexta-feira e o domingo, sendo 26 envolvendo motocicletas. E somente no período de 19 até 25 de julho foram registradas quatro mortes em acidentes de trânsito com atendimento pela STTP e pelo SAMU.
A maioria dessas ocorrências acontece nos bairros periféricos de Campina Grande e possui relação direta com a ingestão de álcool entre os condutores de veículos. Segundo o setor de estatística da STTP, nos primeiros seis meses deste ano já foram registrados 982 acidentes de trânsito.
Desdobramento
Para concluir o planejamento estratégico, relativo à forma como a operação será montada e executada, ficou decidido que haverá uma nova reunião na próxima sexta-feira, 30, às 9h, na sede da STTP.
Para Carlos Dunga Júnior, superintendente da STTP, que teve a iniciativa de criar a força-tarefa, é importante que os órgãos de segurança estejam unidos para apresentar uma resposta à sociedade quanto a esses acidentes.
Infelizmente as pessoas insistem em ingerir álcool e conduzir veículos. O resultado é esse. As mortes no trânsito aumentando e famílias inteiras sofrendo com a situação. Além disso, há um enorme prejuízo social com os gastos públicos para o atendimento dos inúmeros acidentados nos hospitais”, explicou Dunga.