As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 91,5 milhões de toneladas em 2023, acima dos 77,2 milhões projetados para 2022. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado pela consultoria Safras & Mercado, e indica um aumento de 19% entre uma temporada e outra.
Aumento do esmagamento
As boas margens industriais, a forte participação brasileira no mercado internacional e a possível maior demanda por biodiesel deve resultar em aumento do esmagamento. “Com a provável supersafra, os estoques finais devem ter um forte crescimento, mesmo com o aumento do consumo”, acrescenta o analista.
Safras indica esmagamento de 49,5 milhões de toneladas em 2023 e de 47,9 milhões de toneladas em 2022, com uma elevação de 3% entre uma temporada e outra. As importações são estimadas em 100 mil toneladas para 2023, com queda de 86% sobre 2022.
Em relação à safra 2023, a oferta total de soja deverá aumentar 18%, passando para 154,53 milhões de toneladas. A demanda total está projetada pela consultoria em 144,6 milhões de toneladas, crescendo 13% sobre o ano anterior.
Desta forma, os estoques finais deverão subir 239%, passando de 2,93 milhões para 9,92 milhões de toneladas.
Produção dos subprodutos
Safras trabalha com uma produção de farelo de soja de 38,05 milhões de toneladas em 2023, subindo 3%. As exportações deverão aumentar 3% para 18,7 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 19,2 milhões, aumentando 5%. Os estoques deverão subir 7% para 2,4 milhões de toneladas.
A produção de óleo de soja deverá aumentar 3% para 10,05 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar 1,9 milhão de toneladas, com queda de 10%. O consumo interno deve subir 3% para 8,15 milhões de toneladas.
Já o uso para biodiesel deve aumentar 10% para 4,5 milhões de toneladas. A previsão é de estoques subindo 6% para 333 mil toneladas.