O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota à imprensa hoje (22) em que reafirma a necessidade de uma solução negociada e que leve em consideração os legítimos interesses de segurança da Rússia e da Ucrânia e a necessidade de se respeitar os princípios da Carta das Nações Unidas.
O MRE apela para que a negociação tenha como base os Acordos de Minsk, assinados em 2014 por representantes da Ucrânia, da Rússia, da República Popular de Donetsk (DNR) e da República Popular de Luhansk (LNR) para pôr fim à guerra no leste da Ucrânia.
Na nota, o MRE afirma ainda que, diante da situação criada em torno do status das auto proclamadas entidades estatais do Donetsk e do Luhansk, o Brasil “apela a todas as partes envolvidas para que evitem uma escalada de violência e que estabeleçam, no mais breve prazo, canais de diálogo capazes de encaminhar de forma pacífica a situação no terreno”.
Conselho de Segurança
O representante permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU), embaixador Ronaldo Costa Filho, fez ontem (21) uma declaração no debate do Conselho de Segurança da Nações Unidas sobre a questão da Ucrânia. Ele alertou que a “tensão dentro e ao redor da Ucrânia está se agravando diariamente – na verdade, a cada hora”.
Costa Filho disse ainda que a situação tornou-se crítica e o Brasil vem acompanhando os últimos acontecimentos com extrema preocupação. “Nas atuais circunstâncias, nós, neste conselho, em representação da comunidade internacional, devemos reiterar os apelos à imediata desescalada e nosso firme compromisso de apoiar os esforços políticos e diplomáticos para criar as condições para uma solução pacífica para esta crise”.
O embaixador reafirmou o “apelo a todas as partes interessadas para que mantenham o diálogo com espírito de abertura, compreensão, flexibilidade e senso de urgência para encontrar caminhos para uma paz duradoura na Ucrânia e em toda a região. Um primeiro objetivo inescapável é obter um cessar-fogo imediato, com a retirada abrangente de tropas e equipamentos militares no terreno. Tal desengajamento militar será um passo importante para construir confiança entre as partes, fortalecer a diplomacia e buscar uma solução sustentável para a crise”