Todo mundo já sabe que o Maior São João do Mundo aquece a economia de Campina Grande, atraindo turistas e movimentando campinenses em toda cidade. O Parque do Povo concentra milhares de pessoas todos os dias, contribuindo para esse aquecimento nas vendas de produtos dentro e fora do quartel general do forró.
No lado de fora do Parque do Povo há um verdadeiro ecossistema formado por trabalhadores ambulantes e com pontos fixos que atendem o público antes de chegar a festa. É o caso de dona Tereza Cristina, 52 anos, que vende maçãs do amor e salgados, há pelo menos 8 anos. Tereza divide as tarefas com o marido e confessa que passou por maus bocados nos dois anos de pandemia, período em que a festa não aconteceu por conta da pandemia de coronavírus.
Após dois anos sem a festa, Tereza espera vender mais que a última edição presencial, em 2019. “É uma benção pra gente que precisa trabalhar. Nesses dois anos sem o evento eu e minha família passamos por necessidades. Agora, voltamos com tudo e estamos vendendo bem todos os dias. Acho que vamos vender mais que no último ano”, afirmou.
Contratações Temporárias
Já as contratações temporárias para o período de festas juninas começaram em maio e continuam aumentando. Só na rede varejista, mais de 200 trabalhadores foram inseridos no mercado de trabalho, de acordo com dados apresentados pelo Sine Municipal. Há a perspectivas de aumento ao longo da festa que terá o encerramento no dia 10 de julho.
A própria Prefeitura de Campina Grande realizou seleção de profissionais para atuar na festa, através da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente. Ao todo, foram contratados 285 trabalhadores para trabalharem durante o Maior São João do Mundo.
Damiana Carlos dos Santos, 41, estava desempregada há mais de quatro anos e viu a oportunidade como uma “volta à ativa’ para conseguir cobrir as contas da casa. Ela foi selecionada para uma vaga de Auxiliar de Serviços Gerais. “Eu vi essa oportunidade e corri atrás para conseguir meu lugar. Tenho dois filhos pequenos e estar desempregada há tanto tempo é muito ruim. A gente fica sem saber o que fazer para sustentar a família. Agora, eu queria mesmo era ser contratada para ficar de vez”.
Hoje, são 220 Auxiliares de Serviços Gerais (ASG) e 35 profissionais de Apoio Fiscal (AF) que estão atuando durante os 30 dias de festa. Outros 130 profissionais ficaram no cadastro de reserva e podem ser convocados de acordo com a necessidade da organização do evento.
De acordo com dados do CAGED, o setor que mais se destacou no primeiro trimestre foi o de serviços com 451 contratações para atividades de limpeza. Além disso, a projeção é de um volume maior que o de 2019, que ficou em torno de R$300 milhões.
A perspectiva é de que sejam criados mais de três mil empregos diretos e indiretos no período d’O Maior São João do Mundo.